O Venerável Mestre Hsing Yün transformou radicalmente o papel do Budismo Chinês no mundo moderno. Sob sua liderança, grandes centros de estudo e devoção foram distribuídos por toda parte – incluindo o Brasil, entre mais de cem países. Hoje, a bandeira do Budismo Humanista é carregada por centenas de milhares de devotos empenhados na construção da Terra Pura na Terra.

Isso significa o contrário de isolamento: é trabalho pela paz e pela igualdade entre os povos, assim como cuidado cotidiano por todos os seres vivos – de homens, animais e plantas ao próprio planeta.

Ecumênico e abrangente, o voto do Mestre harmoniza-se com todo coração de boa vontade. Tanto é verdade que já fez propostas de cooperação ao papa João Paulo II, ao Dalai Lama, a autoridades mulçumanas e protestantes. Concretizar esse voto, porém, não foi sem dificuldade, nem aconteceu sem críticas. Até porque o Mestre é alguém que não tem medo de fazer coisas pela primeira vez na história do budismo.

A trajetória que se lê e Espalhando a Luz às vezes parece incrível, tamanhas têm sido as realizações desse monge tenaz e audacioso, capaz de literalmente remover montanhas para difundir os ensinamentos do Buda. De onde ele tira essa força? De uma ideia simples, sintetizada pelo reformador qualificado no Ocidente como “o São Paulo do Budismo Chinês”. Disse Mestre T’ai Hsu (1889-1947): “Cuidar da vida é mais importante do que cuidar da morte.”